Eu gosto mesmo de não ter sobre o que escrever, de falar de nada, de deixar fluir, de usar palavras simples, e fazer dos meus textos um desabafo psicológico.
Não há nada até hoje que me dê mais prazer...
Sim, eu gosto de sentir, sentir com intesidade e ter o mundo na palma das mãos, gosto de saber que sempre tenho chance, que não importa quão distante esteja, a impossibilidade me assusta, o inalcansável me dá medo, não importa se remoto, mesmo que eu nunca lute por determinada coisa, gosto de saber que se tentar eu tenho chances de conseguir. Gosto de textos longos e cheiro de terra molhada, gosto de tomar chuva, mesmo quando sei que tenho uma sombrinha na bolsa (minha mãe que não me leia), gosto de amar, amar e perder a identidade, gosto do extremo, da unicidade, do ápice, se amo, eu amo com tudo de mim, se odeio, odeio com todas as minhas forças. Mas hoje em dia, nenhum rancor me tira o sono, claro que existem pessoas, que eu não vou com a cara, que eu riria se caissem no chão ou se tropeçassem, mas eu as ajudaria levantar... depois de me matar de rir é claro x;
Adoro temperos fortes e suco de caju, não vivo sem gatos e odeio me sentir pressionada.
E falando de extremos, eu lembro que certa vez, li que um escritor (não me lembro o nome), procurava situações pra escrever, certa vez ele se separou da esposa pra sofrer, e ter inspirações, pra saber como era ter o grande amor longe. Louco não?!? Porém intenso, ousado... Sempre acreditei que a poesia devia ser baseada nisso, no sentimento do autor... Porque se não se torna apenas análise, é como falar de amor sem ter amado, por isso desisti da psicologia.
Não acredito que qualquer ser humano tenha capacidade de falar do que ele nunca tenha sentido.
Eu prefiro acreditar no que ninguém vê...
Tenho lá meus arrependimentos, mas não posso deixar de viver por ter errado, porque estaria errando de novo. Eu deixo nas mãos do tempo, voltar atras eu não posso, mas desistir eu também não vou.^^
Ahh sim, pois é, eu odeio acentuar as palavras, claro que acho necessário, mas tenho preguiça. =x
Meu grande sonho? Ser uma grande escritora... *-*
Pois sim, sempre vejo as pessoas serem lembradas por algo que amam muito, e hoje eu tava pensando, e descobri que é disso que eu gosto. Gosto de questionar, expressar, concluir... Adoro cheiro de bloco de folhas, adoro palavras soltas, me levam longe. Adoro frases de impacto, e um dos meus filmes favoritos é sociedade dos poetas mortos.
Adoro gatos e livros antigos com bordas douradas, adoro medievalismo e saias.
Odeio ir ao médico e adoro falar de mim mesma...
Odeio me tornar aquilo que eu sempre digo que não queria ser... Por exemplo, se eu digo que não quero ser a louca obscessiva, acabo sendo. Odeio dizer que morreria se determinada coisa acontecesse, e a coisa sempre acaba acontecendo, mas o bom é que nunca morri por isso. Me tornei muito mais forte depois que aprendi a separar o útil do bom, quando se prioriza o essencial, não se sofre pelo supérfulo. E tudo que você acabou achando que era excedente, você percebe que era exatamente o que supria a demanda. Complicado né?!?
Adoro coisas simples e intensas, que fazem o momento parecer eterno, e colocam o coração na mão, gosto de palavras clichês, mas gosto de raridade, não gosto de prazo de validade, as coisas só deveriam ter data de fabricação.
Gosto de gostar das coisas, gosto de gostar de quem eu achei que nunca ia conseguir aturar, gosto de me sentir amada, gosto de amar sem limites, gosto das batalhas, independente das vitórias.
Gosto dele, gosto do sorriso dele, não gosto de senti-lo distante, não gosto de ser a louca compulsiva, não gosto de saber que fiz tudo errado. Gosto de histórias, gosto de filmes, gosto de coisas doces, gosto do jeito que ele falava.
Gosto de não ser paparicada o tempo todo e gosto de conquistar a coisas, gosto de ouvi-lo respirar, gosto do jeito comelão dele e de como ele não se importa.
Gosto de paisagens, porém tenho medo de água, gosto de sonhos, porém tenho medo de acordar, gosto de verdades, porém já menti tantas vezes.
Gosto de sorrir e até gosto de chorar, gosto de momentos marcantes, mas não gosto de pensar que uma tristeza não é passageira.
A vida é simples, eu sou complexa... Seria eu um conjunto de orgãos e membros? o.o
Ou seria eu um amontoado de sonhos?
Quando todas a luzes se apagam, quando eu fecho a porta do meu quarto, eu sou o que eu quiser.
Quando eu fecho meus olhos, eu começo a viver...
Bem vindos ao meu mundo esquizofrênico!



Tudo que tenho nas mãos é o ilógico, o improvável.
Quem sabe depois da tempestade? Ou quem sabe depois do perdão...
No tempo que transforma ansiedade em comodismo, procuro-te, tateio-te, mas chego a não senti-lo mais.
Adeus, foram tantos!
Minha alma nunca soube ao certo o teor paupável da despedida, nunca senti-me indo embora. Lembrar de ti, tornou-se uma maneira de não perde-te por completo.
Transfigurei-me, reinventei-me, na tentiva fugaz de vê-lo voltar, ainda não te sinto perto. E amanhã, é tudo que se tem.
Invadida pela vontade de suprir-me de tantas palavras, torno-me vázia ao lembrar-me de ti.
Havia tanto a se fazer, tantos lindos e loucos planos, tantos sonhos e certezas, eramos dois em um, dois corpos, uma alma. Dois opostos, e um adeus...
Dobrar aquela esquina, foi a forma mais torturosa de perder-me, depois daquele ato, nunca mais fui a mesma.
Jamais soube caminhar com meus pés, estava inebriada pela dor, e era tão forte, que sentia-me dormente, imune. Eu jurava que ia superar, no dia seguinte pouco senti, pois não era mais o meu mundo, não era mais meu corpo, não era mais eu no espelho. Era uma estranha, com uma louca fixação por uma história. O que ninguém nunca vai entender, é que era somente a história, nada mais. Amor mesmo, era o simples que nos fazia únicos, eram as fotos no messenger, um recado inesperado, ou um telefonema durante a noite. Amor de verdade era a simplicidade de olhar suas fotos e admirar seu sorriso, era ver qualidades que ninguém via, era a preocupação mútua, a cumplicidade nas loucuras, amor mesmo, era o timbre da sua voz, era a forma como seu rosto me fazia lembrar minha infancia, talvez pela ingenuidade ou ainda pelo ar admirado.
Talvez suas palavras isoladas, tantas vezes tomada pela tristeza e pelo desgosto, o jeito frio de lidar com o adeus, fossem só a maneira sutil de um homem de verdade chorar. Porque sofrimento, meu caro amor, não é só expressado pela fraqueza das lágrimas, mas também pelo modo introspectivo de recuar.
Era amor, eu sei que era... Era amor, quando com desvelo, você me fazia sua criança, e a distância, me deitava em seu colo e fazia a dor sumir, era amor quando nós sonhavamos juntos, foi amor, quando você aceitou tudo pra me ver dizer "eu te amo" mais uma vez, foi amor quando você me deixou ir, pisando em tudo que você acreditava.
Veja aqui de novo, sou eu... Ainda te trago nessas linhas que escrevo com tanta dor, ainda me cobro o martirio que o fiz passar, ainda o levo comigo naquelas canções de domingo, onde tinhamos amor suficiente pra recomeçar por toda a vida.
E agora, há apenas o suficiente pra ainda falar de um menino, que embora eu negue, provavelmente não vai mais voltar.
E o fato, é que eu não aprendi e não vou aprender a dizer adeus...








Ouvindo uma música pop e fora de moda, mas que descreve exatamente o meu "agora"...
Nome da música é "perdi você" da banda Twister. Da minha epoca de pirralha abobada^^


"Foi, tudo que eu
não queria ser, fiz o que eu não pensei fazer
Perdi você e muito de mim
Foi, por mais que eu tente esconder, alguém que não se precisa ter
Perdi você e mais do possa imaginar
Quando joguei eu arrisquei, o que não havia pra jogar
Sei que eu errei, agora eu sei, e por causa desse engano eu paguei e fiquei só
Foi, ontem o que hoje eu ja não sou
Isso não muda o que passou
Perdi você
Fui bobo!
Me perdoa se puder..."


Tardes vázias como essa, me lembram porque eu me isolei do resto do mundo por vezes. No fundo essa nostalgia me traz certo estímulo, e chega a ser surreal a beleza da melancolia.
Certa vez um amigo me disse que é na tristeza que você encontra aquela plataforma que te dá impulso pra algo renovador. Por exemplo, nos Estados Unidos, os prédios são altíssimos, justamente pra dar as pessoas um sentimento de inferioridade e fazê-las trabalhar.
A alegria estaciona, porque acabamos nos prendendo ao momento, não queremos nos deprender daquele estado pleno e acabamos entregando tudo de uma só vez, sem cuidar que o minuto seguinte seja também de felicidade, talvez não plena, mas suficiente.
Pessoas morrem todos os dias, não só por medo de lutar, mas por terem provado o sabor momentaneo da felicidade. E quando seu nível de serotonina cai bruscamente, surge a decadente fase depressiva. E simplesmente a tristeza se torna seu estado pleno, e por algum motivo, causa acomodação, pois é difícil, cair mais uma vez, quando já se atingiu o fundo do poço.
Passei o módulo de gestão inteiro ouvindo que a dose faz o veneno, portanto, a mesma felicidade que faz o coração bater descompassado, que sacia, que faz os hormônios percorrem cada entranha do corpo, é a mesma que levada ao ápice, nos dá belas histórias de suicídio.
E enquanto eu procuro as respostas, o mundo continua seu curso, e se mantém o mesmo hospício de gênios loucos em camisas de força e de tolos insanos assumindo o governo.
De sonhos que viram pesadêlos e de pesadêlos que sabiamente se transformam em sonhos.
De pessoas que amam e perdem e de pessoas que descobrem que amam depois que perderam.
Um mundo que muitas vezes não te dá uma segunda chance ou que sabiamente te ensina a lutar pra te fazer merecedor de mais uma palavra.
Eu vaguei por ai, com meu coração na mão. Não queria ser mais uma história contada na minha pequena cidade, nem queria meu rosto exposto no jornal nacional (eles não saberiam escolher uma foto que estou bem).
Não queria ser mais uma desistente, mesmo que as vezes me falte forças, não queria que a ultima vez que me vissem, eu tivesse com a cabeça literalmente separada do meu corpo, ou que pedaços de mim sujassem o lençol do meu quarto.
Eu só queria uma chance, uma chance de mostrar que eu serei uma boa jornalista, uma chance de provar que a dor em doses homeopáticas, faz bem a qualquer indivíduo, eu só queria olhar aqueles belos olhos amendoados e fazê-lo acreditar nas minhas verdades.
E distante, talvez muito distante, em uma dessas linhas que separa o velho do novo, o passado do futuro, o certo do errado... Encontrá-lo, não no extremo, mas no centro de tudo.
E dizer que apesar de toda insistência de manter-me sorrindo, foi na tristeza e na impossibilidade que encontrei estímulo pra lutar.