Escrever as 03:38 da madrugada é uma boa desculpa pra dizer tudo que quero, com o pretenso argumento de estar sonolenta.
Nem sei se alguém perde tempo lendo essas coisas loucas, que exponho na tentativa estranha de conhecer-me.
Penso, logo escrevo!
E escrevo porque quando me leio, tenho a estranha sensação de estar interagindo comigo mesma.
E sim, apesar do sono, tenho plena consciência que não era pra estar escrevendo isso, que vou me arrepender minutos depois de ter postado e será tarde demais.
Mas que seja, aqui estou eu para falar de coisas que eu mesma não compreendo, não é que eu tenha voltado a acreditar em amor e casas no campo, mas eu queria ter essa crença, talvez impedisse que a descrença arruinasse o que poderia sim ser uma casa no campo.
Meu medo, meu tão doce/amargo medo, que em momentos me serve como escudo e em momentos é a própria arma inimiga sobre a minha cabeça.
Só porque não estou nem aí pra convenções, não significa que não me importe com que tipo de ser humano tenho me tornado, e de verdade, não peço mais merda nenhuma de compreensão, porque eu mesma não me compreendo, não viveria 5 dias comigo mesma, não exijo que me aturem, mas confesso que sinto falta das coisas que deixei pra trás.
Sinto falta não das pessoas, mas do que elas significavam pra mim, da imagem tão louca e avulsa de invencibilidade nas tardes que mais pareceriam tiradas de um filme que nunca esqueci. Eu sinto falta do sentimento nobre, da entrega total ou parcial, dos beijos que despertam as tais borboletas no estomago, mas isso é clichê, é piegas e eu não me dou mais o luxo de falar do que sinto com tanta intimidade.
Afinal eu não me conheço, não poderia falar assim tão convicta de mim mesma...
E dizem os demagogos “eu nada mudaria do meu passado”, a verdade é que eu mudaria tudo, não ligo pra discursos bonitos, as flores amarelas não me chamam mais atenção, eu não quero mais o carinho limitado, as promessas fugazes que deixam se esvair pelas dificuldades.
E claro, eu queria mesmo mudar a porcaria do passado, jogar fora todo o lixo, tirar a poeira debaixo do tapete, eu queria lavar as paredes infectadas de sonhos não realizados, eu queria ir embora, queria nunca ter vivido aqui e queria não ter conhecido metade das pessoas que conheço, porque não gosto dessa estranha sensação de que existiu e acabou, não gosto quando as coisas acabam.
Porque o fim me deixa triste, sempre me deixa com a sensação de que eu poderia ter feito melhor, que eu poderia ter dito coisas mais objetivas, de que eu poderia ter dito mais...
Se eu soubesse que em 2008 teria sido o ultimo natal com o meu avô, eu teria abraçado ele muito mais vezes, e teria dito coisas que nunca disse, teria deixado claro que eu me importava e que ele foi um exemplo pra mim apesar das caduquices, eu teria passado o natal com ele, e o ano novo também e teria torcido de coração pro time dele, mesmo indo contra todas as minhas vontades, eu teria feito mais e melhor, eu teria sido outra.
Mas essa sou eu, estranha, vazia e escrota, não ligo pra nada que não tenha tom de ultima vez, porque eu só valorizo quando não tenho mais, e antes de ser a ultima vez, costuma não ter muito valor na minha vidinha.
Eu gosto das coisas impossíveis, e eu esqueço tudo que dói, eu finjo que esqueço, e choro as vezes lembrando, e choro porque sou fraca e sou humana.
Eu sou tão foda, e sou tão forte, estou acima de tudo que é bom e verdadeiro e choro no banheiro pela falta que sinto das coisas que nunca mais vão voltar.
Eu sou tão durona e positiva, e choro trancada no quarto pelas coisas que não posso mudar, pela imagem errada que sempre passo, e pela porra de cisco no olho que sempre insiste em cair quando escuto musicas que me fazem lembrar que de vez em quando, que sou de carne e osso, e sonho com casas no campo e amor de verdade.
É aquele pensamento bem mesquinho dos céticos: não existe, mas se existisse, eu queria pra mim, queria pra vida toda!

O problema generalizado é dar importância em demasia, ao que na prática é mero detalhe.

Sabe aquele amor inesquecível, vai passar (sempre passa); sabe o cara perfeito da loja de esportes, tem frieira, é casado e tem 5 filhos (com mulheres diferentes); sabe aquele ator super sarado com covinhas perfeitas? Sim, tem gonorréia, frieira e arrota o alfabeto depois que bebe coca cola, vai te trair no primeiro mês de namoro, ou melhor, vai mentir sobre a personalidade dele, vai te omitir que o pai é procurado pela policia e que a mãe é estelionatária, ou dos males o menor, nenhum deles é o cara pra você!

Alguns caras só servem pra ficar na vitrine, além disso, é ilusão, pura ilusão!

E quer saber a verdade?

Você vai sobreviver! Levante a bunda da cadeira e vá ocupar a mente, saia com os seus amigos e vá rir das suas próprias burradas, vá ver algo interessante, tipo, procurar o Wally, assistir Pokémon, ou jogar buraco com o seu avô, vá catar amêndoas secas e passar mais de 15 minutos socando a maldita, por meio cm de coquinho, afinal, antes isso, que passar dias atrás de quem no mínimo lhe dará um chute na bunda e motivos suficientes pra se suicidar.

Mas não é essa a questão, a questão é, nós mulheres absorvemos essa coisa de sensibilidade e criamos parâmetros para fazer parte da sociedade como pessoas “normais”, mas porquê?

Não é legal arrancar a porcaria do sutiã e dizer, foda-se, eu vou assistir futebol hoje!

Por que não sair para beber com os amigos? (subentendam-se amigos homens)

Vão dizer que sou devassa? Mas se me arranca um sorriso, vale até dedo no olho e chute no saco (não vamos exagerar).

Sorria! A vida é bela, ou não, mas se não é bela, finja que é e repita até acreditar!

Quem não é capaz de mudar a própria história, não merece ter a rédeas da própria vida.

Pouco me importa os moralistas, eu crio meus limites, e se me coloca um sorriso no rosto, eu vou atrás...

Porque a vida é assim, ou você vence os obstáculos, ou os obstáculos vencem você, e ainda que metaforicamente, não permitirei que seres inanimados obtenham vitória em cima de mim.

Afinal baby, a mulher moderna, fica sempre por cima!



"Insanidade é continuar a fazer o que você sempre fez, desejando obter resultados diferentes."

Não sei se por conveniência ou se por costume, mas a coisa mais complicada que resta após as despedidas, é seguir em frente, desprender-se, recomeçar.
O mais difícil, é o deixar pra traz, porque de alguma forma deixa-se um pouco de si, deixa-se um pouco da história que nunca se pensou ver finda, mas acaba e acaba inesperadamente, e o peso que se carrega talvez nem seja pelo que se viveu, mas pelo que se deixou de viver.
Apegamo-nos a idéias, nos apegamos a momentos, mas o momento passa e o que resta é seguir em frente.
Não resta alternativa, a vida continua aos que sobrevivem, a vida continua aos que são abandonados, a vida continua aos que são enganados, a vida continua sempre...
E o maior fardo, talvez seja a coragem de abandonar-se e seguir sem parte de você.
Porque intimamente, a gente sempre constrói um mundo, onde a base é o outro e quando tudo desmorona é mais fácil apegar-se aos cacos do que foi, do que aceitar a idéia de que nunca existiu, é mais fácil sobreviver sobre escombros, que recomeçar em outro lugar e se dar conta que perdeu-se mais que algo palpável, também perdeu-se tempo!
É mais fácil vitimar-se e estacionar, que assumir a culpa e prosseguir...
Ana é assim, depois que o amor passa,
ela costuma achar ridículo aquele quem amou.
[Fernanda Young]

Acho que estou feliz, mas também não haveria porque não estar, tenho tudo que sempre quis, mas nunca tive muita certeza do que queria, então ficam aí minhas reticências...
Lembranças de “quase amores”, lembranças que atenuam o que há de mais nostálgico em mim.
Talvez pareça descrença ou até desrespeito ao que tenho hoje, a quem tenho hoje; mas penso no que poderia ter sido diferente; e tirando as crenças no absoluto, não há nada que eu queira mudar no meu passado.
Só fica meu desejo sincero aos amores e amigos, aos casos e aos acasos, aos encontros e desencontros, aos que foram e aos que ficaram (por persistência), que sejam imensamente felizes, que encontrem exatamente o que procuram e que saibam que as bases de sorrisos ou de lágrimas contribuíram diretamente para o meu crescimento moral, para a quebra desses conceitos ilusórios de relacionamentos perfeitos e encontros marcados.
Aprendi a conviver com o que é tangível, e, por conseguinte, com o que me é necessário, talvez eu nem soubesse mesmo o que fazer com os excedentes.
Porque de alguma forma excêntrica, ou mesmo egocêntrica, sempre fui um tanto metódica quanto as pessoas, não as culpo por terem ido, mas recebe meu total reconhecimento quem teve a ousadia de permanecer ao meu lado mesmo com todos os meus defeitos, quem não prometeu nada, mas foi lá e fez, quem ficou na chuva e no sol comigo cada vez que o dia pareceu um âmbito infeliz, quem se preocupou, quem chorou comigo, quem reconheceu em mim muito mais que carne e osso, quem teve a coragem de se retratar quando errou, e a coerência de retornar quando sentiu falta...
E o que desejo a quem agiu o contrario? O que desejo a quem foi embora sem justificativa? A quem mentiu por crueldade? A quem beijou com falsidade? A quem anulou todos os momentos bons? A quem agiu de má fé? A quem me fez chorar?
Desejo sabedoria, desejo paz de espírito, desejo uma noite tranqüila de sono, desejo que a vida os dê o contrario do que me deram. Porque é disso que o mundo precisa, humildade, bom senso e caridade...
Afinal, o que doeria mais? Ver aquele que você derrubou, lhe pagar com a mesma moeda, ou que na sua queda ele o ajudasse a levantar?
Por isso desejo que o mundo os trate com muita caridade, para que o castigo, venha mesmo não de mim, não dos meus desejos de infelicidade, mas de suas consciências.

"Tudo o que já foi, é o começo do que vai vir"


E vai passar, porque sempre passa...

Passa porque doer é uma variável, não uma equação perfeita, passa porque doer é um momento, não um estado, passa porque nada que vive dura tempo suficiente pra se tornar estável e eterno.

Às vezes é mais cômodo, às vezes é incomodo, mas a vida é um ciclo natural que te obriga a seguir, e você segue não porque quis, mas porque aprendeu a deixar pra trás.

Ledo engano acreditar em estabilidades, já explica a física que o ponto mais difícil de ser alcançado é o meio, alcançar extremos é fácil, muito fácil.

Hoje ama-se muito, amanhã odeia-se ao extremo.

Hoje as juras são para a eternidade, amanhã a ironia por ter acreditado.

Hoje entrega-se a alma, amanhã leva-se até a carteira se for possível.

Hoje você será o único, amanhã se dará conta que foi só mais um para a terrível estatística de iludidos.

Hoje o par perfeito, amanhã a sensatez de que você sequer teve um par, quanto mais um par perfeito.

Sofre-se demais, chora-se demais, ri-se demais, vive-se demais!

E vai passar, porque a vida é feita de passagens, e quando se der conta, já passou e você nem viu...





E talvez a gente passe o resto da vida sem sequer saber o que valeu a pena e o que não valeu.
E a gente passa a vida deixando coisas pra trás, revirando a lixeira das lembranças e se perguntando como aquilo foi parar lá.

Coisas que pareciam tão bonitas, destruídas pelo tempo, destruídas pelo que fizemos com o tempo que restou.
Eu paro em frente às portas que estão fechadas, e me pergunto se quando estiveram abertas, eu olhei tudo que esteve lá dentro, se desfrutei cada segundo observando cada cômodo e cada passo do cachorro que insistia em latir todas as vezes que eu olhava pela janela.
Não, eu não valorizei os momentos que hoje lamento por não ter mais, eu não disse o que queria a todas as pessoas que hoje, já não me ouvem mais, sim, eu me preocupei demais com conceitos e nem sempre fui o que deveria ter sido, e eu sinto falta dos momentos que foram apagados, eu sinto falta da chuva batendo no telhado, quando pensar em algumas coisas ainda me davam esperanças de um futuro melhor, eu sinto falta das crenças em super heróis, e olhares que dizem muito mais que palavras bonitas.
Ledo engano, triste saudade!
O que restam a todos nós humanos é essa carga de nostalgia que permanece e se torna mais pesada com as vivências.
São músicas, lugares e pessoas, que me dão essa sensação estranha de ter estado lá, mas sequer saber o que foi feito daquele momento, é como ver um filme e se enxergar como personagem, e no lugar dos sentimentos reais de cada espaço no tempo, só restar a nostalgia de expectador.

Espero que gostem do vídeo!

"São curtos os limites que separam a resignação da hipocrisia."
(Francisco de Quevedo)


O que as pessoas querem?

As pessoas querem descobertas evidentes, querem que façam coisas por elas, querem reconhecimento sem trabalho, as pessoas que mais admiro na vida são as que não esperam nada do dia de amanhã, mas fazem do hoje um lugar melhor, são as que mudam a própria realidade independente do que o resto do mundo ousou tentar fazer com elas, porque a maioria das pessoas tem tudo que sempre sonharam e nem ao menos sabem se são felizes.

Talvez o egocentrismo me baste, mas eu penso nos que sabem tudo, nos que acordam sempre na mesma hora e nunca ficam mal humorados, dos que não gostam de futebol e que não defendem o país onde vivem, eu penso em pessoas “perfeitas”, em massas homogêneas, penso no zero depois da vírgula e me desculpem, mas prefiro mesmo o zero a esquerda, e todas as caretices patriotistas, e de ver a bola em campo, de pessoas imperfeitas como eu, que mal sabem o que fazer com os sentimentos que tem e mesmo assim no fim do dia riem de si mesmas.

E falando ainda do tal patriotismo, eu, logo eu, a última pessoa da face da terra que defenderia um país como nosso, estou aqui pra dizer que em Nova York ou na Espanha, defendendo os capitalistas franceses ou a burguesia inglesa, sangue de índio, negro e português ainda correrá em suas veias, nacionalizado canadense, italiano ou alemão, você ainda terá um coração brasileiro aí dentro.

Pobre de espírito aqueles que criticam a impunidade e a política corrompida, e, por conseguinte reclamam da pobreza e da falta de recursos humanos do país...

Reclamar com a bunda pregada no sofá é muito fácil, defender países de primeiro mundo sem ao menos fazer porra nenhuma pra mudar a realidade da SUA terra, é hipocrisia, é como ver tua casa em ruínas e ao invés de trabalhar pra mudar isso, ir admirar a casa do vizinho, cuspindo na cama que te acomodou a vida toda.

Afinal você pode até chupar o pau dos americanos, mas o máximo que você terá deles é porra estrangeira, e doenças venéreas com sotaque agradável!



Espero que gostem do vídeo!
Essa música realmente fala muito de mim, e acho que fala um pouquinho de todo mundo, porque no fundo, todos sentimos falta de alguma lembrança que foi apagada, de momentos que ficaram ali, estacionados e aprisionados nas teias do tempo.
Algumas vezes eu não sei se sentir saudade é tão bom assim, porque a sensação de que "veio e se foi" é mais dolorosa que a sensação de "nunca tive"...
Mas creio, e creio de forma ortodoxa que a vida é mesmo um doer, e quando dói, talvez seja porque valeu a pena. Só não tenho certeza se pra valer a pena tem que doer, acho mesmo que nós dificultamos as coisas, omitimos, enganamos, nos tornamos personagens indiferentes de uma história que exige pessoalidade.
Esses casos de começos acidentais e finais conformistas e demagógicos me deixa sempre na defensiva, mas o que mais me assusta, é esse não sei o que, que dói não sei onde, sem um porquê.
E esses dias estranhos em que a gente levanta da cama meio tonta, procurando uma razão sem encontrar, sentindo falta do que vai, mas sem nem saber necessariamente o que você tinha, se é que você tinha algo, me fazem imaginar que momentos perfeitos, são instantes passageiros que em seguida deixam o ar rarefeito e um buraco no estômago...
Mas o cômico/trágico disso tudo, é que pela primeira vez na vida, apesar de não saber o porque, eu sei exatamente o que fazer.
Sem cobranças, sem dramas, sem lágrimas, a gente deixa a vida acertar os ponteiros, porque o mundo é demasiado pequeno, e a gente encontra pelo caminho o que merece encontrar.
Questionar talvez seja a forma mais dolorosa de lidar com o inevitável, por isso eu vivo, e vivo sabendo que a distância tão questionada é a que existe entre a gente e os limites que a gente coloca para as coisas que quer e não se sente capaz de realizar, distância mesmo, é estar assim, tão perto e se sentir tão mais tão longe, que você nem consegue mais se lembrar de como era estar perto...

E sabe o que é mais trágico que cômico? É que a mesma vida que nos ensina a lutar pelo que queremos, é a mesma que nos ensina a viver sem o que de fato nos faz felizes!
Porque o que conforta verdadeiramente, talvez não seja a idéia tresloucada de que você não estava pronto pra viver aquilo, mas a idéia subordinada de que você esteve ali e fez o que pôde ^^

Tenham um bom fim de semana ;]

Ahhh... e cuidem bem dos momentos, a gente nunca sabe quando eles se tornarão saudade irrevesível!

;**
(Na falta de um fotolog, resolvi usar o blog mesmo pra postar minhas fotos ;D)

Hoje ouvi uma frase muito interessante que me fez sentir vontade vir aqui postar...
"Tem, mas acabou!"
Quantas coisas ainda fazem parte de nossa vida, mas acabaram-se, e acabou porque o tempo passou, acabou porque não existe reciprocidade, acabou porque nossa excentricidade não permitiu que se consumasse, acabou porque a vida levou embora, acabou porque já era tarde, acabou porque você não tem mais forças pra lutar, acabou porque ninguém ama sozinho...
E as coisas acabam como se fosse melhor não terem acontecido, e a maioria acaba sem acabar, findam sem findar, e a gente deixa pra trás mesmo levando aquilo na alma.
Pobres de nós se não fossem as lembranças, felizes de nós se pudessemos apagar aquele adeus, aquela desistência, aquele sorriso, aquele sonho, pobres de nós se não fossem as lições que guardamos das coisas que se vão, felizes de nós se ja soubessemos tudo e já não houvesse nada pra aprender...
As vezes só é muito tarde pra dizer aquelas palavras, e vezes ainda, cedo demais; mas a gente perde tempo, e como cachorro correndo atrás do rabo, disperdiçamos energia em vão, porque um terço das pessoas que conheço só dão importancia para os sentimentos alheios quando é tarde demais pra fazer acontecer, quando as músicas já não fazem mais sentido, quando aquele filme tarde da noite já não lembra ninguém, quando o sonho já se tornou ilusão. Ossos do oficio é o que diz a canção, faz parte do que chamam de vida, faz parte da lei intríseca no que chamam de humanidade: a gente só dá valor quando perde...
Eu tinha aquele costume piegas de ficar esperando, esperando por sinais e palavras certas, esperando por um grande momento, esperando ele perceber, esperando tudo fazer sentido; e o que eu ganhei? Frustração...
Mas não há um culpado, não há um crime perfeito, porque as pessoas só fazem da gente o que a gente permite que elas façam, e quem eu sou hoje é apenas resultado do que eu fiz, com o que eu permiti que as pessoas fizessem de mim.
Cedo ou tarde demais, eu percebi que algumas coisas a gente leva pra sempre, mas isso não significa que elas tem que interferir na vida que nos espera lá fora.
Deixar as lágrimas para o travesseiro talvez seja a forma mais sensata de levar a vida, antes que seja tarde demais para tomar a rédea do que lhe é seu por dever.
Porque o que você leva da vida, é a vida que você leva, e só você pode mudar o caminho, as pessoas podem te influenciar, mas ninguém pode caminhar por você, as pessoas podem ter sua parcela de culpa nas lágrimas que você chorou sozinha, mas foi você que abriu as portas, as pessoas podem até te fazer sofrer, mas ninguém entra no nosso coração e principalmente, ninguém destrói nosso coração sem a nossa permissão.
Nós somos reflexo da nossa caminhada diaria, e você, o que está refletindo nesse momento?
Quantas vezes você foi altruista consigo mesmo e se amou mais que amou aquele garoto ou aquela garota que parecia perfeita demais pra entrar na sua vida? Quantas pessoas você ajudou? Quantos amores você perdeu? Você já amou realmente? Quantos 'eu te amo' você já disse sem querer dizer nada? Quantas vezes você já foi machucado? Quantas vezes você machucou? Quantos sonhos você perdeu? Quantos realizou? Quantas vezes você se julgou a pessoa certa? E quantas vezes você se deu conta que ele era certo pra você, mas você não era certa pra ele? Quantas vezes você se denominou incapaz? Quantas vezes você foi lá e fez? Quantas vezes você já tentou dizer a coisa a certa e tudo que conseguiu foi fazer tudo errado? Quantas vezes você já parou pra pensar e se deu conta que não é o outro que te faz sofrer, é você?
Quantas vezes você tinha tanto sentimento ali dentro de você, mas para o outro, simplesmente acabou?
Pense nisso! Eu fui obrigada a pensar...
E com uma alegria triste a garota passional deixa de esperar!
Porque afinal: "O que a Suíça conseguiu com os seus 500 anos de paz, amor e democracia? O relógio-cuco?"
E o que eu consegui com longas esperas? Um relógio quebrado e a estranha certeza de que ninguém percebeu que eu estive esperando!


Lembrem-se:
"Se seu coração foi partido, o mundo não parará para que você junte seus cacos...." (Shakespeare)

;*
Este Romeu está sangrando
Mas você não pode ver o seu sangue
Isto não é nada além de alguns sentimentos
Que este velho sujeito abandonou

Depois que você foi embora, nunca mais fui a mesma, a principio procurei você em todas as pessoas e quando descobri que nunca mais o encontraria, perdi um pouco do que era eu.
Nunca mais consegui confiar em ninguém, nunca mais consegui ouvir certas músicas e pronunciar certos nomes, olhar algumas paisagens ainda me trazem você imediatamente, e sempre surge a velha duvida: um dia você me amou? Quem ama desiste? Quem ama esquece? Quem ama vai embora?
Eu não sei... Eu não sei mais!
Achei que não sobreviveria nas primeiras noites depois do seu adeus, achei que nunca mais conseguiria respirar sem sentir o nó na garganta, achei que nunca mais conseguiria comer, sem sentir o buraco no meu estomago se aprofundando, achei que nunca mais ia parar de chorar...
Mas o tempo tratou de curar os sintomas, mesmo que quando eu veja o inverno pela janela, ainda lembre de você e todos os planos, mesmo que, a mulher forte e destemida que me tornei, ainda olhe pra menina que você roubou a ingenuidade do primeiro amor, e sinta falta daquelas lágrimas de emoção por sentir estar tão perto do inicio feliz.
Mas aquela noite, aquela noite em que eu sabia que havia alguma coisa de errado, tudo que eu tive foi o final infeliz, mas eu não sinto pena de mim, não sinto mais pena da garota que passou meses esperando aquele garoto responder suas mensagens ou aparecer bem na sua porta, dizendo que havia voltado atrás. E o que mais doía era saber que eu nunca mais poderia olhar para arvores em dias de outono, que eu nunca mais diria aquelas palavras, ou veria aquele sorriso, era a ultima vez que veria aquele rosto, era a ultima vez que os dias não pareceriam desiguais, era a ultima que eu esperava uma msg de bom dia e uma ligação as 2 da manhã, era ultima vez que eu ouvia aquelas musicas e via aquelas fotos, e a ultima vez sempre dói, porque você não se despede só do que está ali, vivo, bem na sua frente, você também se despede de você, se despede de quem você era, quando você tinha os dias preenchidos por aquela presença, ainda que ausente, e dá boas vindas à dias que você nem sabe o que fazer, de tão vazios que ficaram.
E por um tempo eu esperei, esperei até mudarem as estações e nada mudar...
Por fim, eu sabia que você não ia mais voltar, desde o inicio eu soube disso, desde o primeiro momento, quando você me disse aquelas palavras, você cortou todos os laços, fechou a porta e jogou a chave fora, eu ainda esperei do lado de dentro, mas tudo havia se perdido, e eu senti com toda a minha alma que nada mais poderia ser reconstruido, nada mais seria igual, e o outro dia, seria o primeiro de uma vida sem você, uma vida que você escolheu viver sem mim...

"Não desista de mim
Não desista de mim, esta noite
Ou estará tudo perdido
Porque quando descobrir quem és, será tarde para mudar"
(Dishwalla - Every little thing)

Era como olhar pra si mesma, só que sem fazer parte da sua própria história...
Porque algumas vezes parece tarde demais pra resistir, e outras no entanto, cedo demais pra insistir.
E daí te fazem achar que aqueles velhos sonhos são infantis demais pra você, te fazem pensar que é loucura querer envelhecer ao lado de alguém que não faça você se sentir como se não merecesse as coisas que quer. Porque parece surreal desejar fazer parte da pequena porcentagem de pessoas que acreditam até o fim, que se privam daquelas longas viagens por filhos com seus olhos e mãos dadas em dia frio.
Dizem que o tempo leva tudo embora, e eu me pergunto: não seria uma forma covarde de culpar o tempo pelas nossas desistências?
Será que o mundo anda cego ou eu ando idealista demais? Porque pra mim, o impossivel não existe, a impossibilidade é algo que nós designamos, e designações são fatores variaveis...
Talvez eu não saiba o que é certo, talvez eu nem entenda direito o que é errado, mas eu ainda quero os velhos clichês, casar de vestido branco, ter 2 filhos, e um grande amor. Daqueles que faz a gente voltar pra casa depois de um dia exaustivo de trabalho, na certeza de que haverá um porto seguro. Daqueles que você compartilha sua existência, e que quando estiver bem cansada, sinta que terá um colo pra descansar, um ombro pra chorar, e uma testemunha fiel de que sua vida valeu a pena.
Isso pode fazer parte do que as pessoas chamam de contos de fadas e idealizações infantis, mas isso sou eu, esses são os meus sonhos, e quem despreza isso, também despreza quem eu sou.

Quer uma dica? Pensa em algo impossivel... Muito bem, saiba que isso também pode ser realizado ;D
Só depende de você e de quanto amor você emprega nas coisas que diz querer!

;*
Domingo, 16:09 horas...
E o que eu tenho a dizer?
Eu não sei, mas há tanto a ser dito, a começar pelas imposições: Não me tente, não me procure, não me faça perguntas, hoje eu não estou pra ninguém. Não por estar triste, mas por sentir que preciso ter uma conversa franca comigo mesma.
São dias como esse, que me levam aquele velho paradoxo... Finais felizes? Se é final, não é feliz, não pra mim... Porque tudo que chega ao fim, dói. Dói, não porque o sentimento existe, mas porque um dia existiu. Eu ando precisando aprender a virar a página, a trocar o disco, a trocar a velha rasteirinha pelo salto alto.
Meninas crescem, concluir isso é o primeiro passo para o amadurecimento, só não sabia que crescer também doia, dói porque esticam-se os póros, cedem os musculos, contraem os orgãos, dói porque você volta a questão anterior, você abandona uma parte de você ali atrás, você olha para o teu velho rosto de menina e diz: é minha cara, você vai ter que crescer, vai ter que se acostumar a essas rugas que hoje habitam a face dos que crescem rápido demais, vai ter que se acostumar a algumas noites revirando na cama, e a entender que finais nunca são felizes... Mas não chore, mulheres não choram, só meninas fazem isso, mulheres suportam, até ficarem frias e fortes suficientes para não sentir. É disso que eles gostam, mas não me pergunte que glória há em amar quem te despreza, mas a glória está aí de fato. Se você quer ser (in)feliz, adote logo esse rosto pálido, as olheiras de dias de trabalho e o coração de quem desaprendeu o que você nasceu sabendo, amar, amar, amar... Esqueça!
Porque afinal, o que importa o (in) que fica nas entrelinhas, se no fundo, todos vão ver só o feliz...
Quem é mais sentimental que eu?
Eu disse e nem assim se pôde evitar.
Ela é mais sentimental que eu!
Então fica bem
Se eu sofro um pouco mais.
(Los Hermanos - Sentimental)

Eu gosto mesmo é de silêncio, de mãos dadas por baixo da mesa, de sorrisos compridos, de rir de bobagens e do nada olhar nos olhos, de ficar com as bochechas vermelhas, de brilho labial com gosto de melancia, de vento me despenteando, de abraço forte, de segredos, de pele macia, de corpo quente, de fugir enlouquecida no meio da multidão, de reconhecer aquele sorriso de longe, de correr feito louca, de quase cair no chão, de sempre estar atrasada, de ficar parada sem falar nada, de vozes baixas, com sotaque malandro e arrastado, de perder a concentração...
Eu gosto mesmo é dos planos, de boca perfeita, de olhar o mar à noite, de sentir frio na espinha, de fingir que não tem clima nenhum, de falar de futebol, de desviar o olhar, de falar das estrelas, de achar que o cristo redentor está se movimentando, de me sentir levemente bebada, de falar compulsivamente, de sentir as mãos na cintura, de não sentir frio no frio, de beijo roubado, com gosto de chiclete.
De rir de mim mesma, de sentir frio na barriga, de vestido cheio de areia, do som do mar, do dia nascendo, de tomar bronca dos meus pais, de fingir que to chateada, de me esconder no quarto, deitar na cama e ouvir Los hermanos por 13 horas consecutivas, de lembrar de tudo que foi e não passou, de tudo que ficou, depois que acabou, dos sonhos que nascem inconscientemente, de me lembrar de tomar doses de realidade e repetir: Ariane, Ariane, não se empolgue!
E cinco segundos depois estar suspirando, o que eu gosto mesmo é de alugar os ouvidos das minhas amigas, de sentir que tudo se encaixa, de me irritar pensando onde eu estive tanto tempo!
O que eu gosto mesmo, é de perder a linha e perder o rebolado, de parecer uma menina de 12 anos, de usar sapatinho de boneca e vestido, de vodka com limão e gelo, de suco de abacaxi, de cantar feito louca na rua, de surpresa, de loucuras, de perfume com cheiro de manhã de sábado...
E diferente do que todos pensam, eu não estou apaixonada! NÃO estou!
Será?
Não importa, "ele é mais sentimental que eu" ...

Tenham um dia perfeito! ;*

'O que você está fazendo?
Milhões de vasos sem nenhuma flor
O que você está fazendo?
Um relicário imenso desse amor
Corre a lua, porque longe vai?
Sobe o dia tão vertical
O horizonte anuncia com o seu vitral
Que eu trocaria a eternidade por essa noite
Porque está amanhecendo?
Peço o contrário, ver o sol se por
Porque está amanhecendo?
Se não vou beijar seus lábios quando você se for' ♫
(Cassia Eller - Relicário)

Depois de tempos conturbados, de confusões ativas e presentes, depois de aceitar que derrota e abandono são meras questões de ponto de vista, depois de entender que despedidas tem mais a ver com o que você faz dos sentimentos que ficam, do que com quem vai, eu volto a postar nesse blog.
Hoje eu sei, que as pessoas vão valorizar em você aquilo que você mesmo valoriza, e esse pensamento, me fez abrir algumas portas. Portas essas, que abri por acaso, numa tentativa de fugir da realidade, num gesto rústico de negar o que estava presente.
Eu tentei anular o que já existia, dando vida ao que parecia sem futuro, mas sem querer eu fechei as portas, e o que era fruto do acaso tem dado vida aos meus melhores pensamentos. Talvez eu não esteja ainda falando de paixão, e tão pouco de amor, mas estou falando de encontros mágicos que mexem com a alma da gente, que nos faz perguntar porque nos mantivemos tanto tempo presos, quando tinhamos a oportunidade de estar vivendo e fazendo descobertas.
Diferente de um tempo atrás, eu não estou fechando portas antigas, ou rasgando fotos e tão pouco negando o que já fez parte de mim; estou olhando com sensibilidade de expectadora o que eu fiz com o teatro da minha vida, quantas peças transformei em tragédia, quando nada mais eram que comédia, apenas um stand up, onde eu estava sozinha e me julgava cercada de tantas coisas que me machucavam. Passei tanto tempo colocando a culpa dos meus fracassos nos atores coadjuvantes das minhas grandes cenas, sem perceber que era eu, a autora dos meus dramas, e só eu poderia mudar o rumo dos fatos.
Hoje, de olhos abertos e ciente da direção que quero tomar, eu fecho portas, mas deixo uma janela aberta.
Quanto aos encontros mágicos, que fiquem para as cenas que escreverei em breve, por enquanto, só quero dar vida a realidade sem grandes idealizações, porque mesmo quando as portas se fecham, os sentimentos não se definem.

Descubram-se também autores de suas obras e sejam felizes!
Afinal, cada dia uma cena e felizmente a tal felicidade é construida todos os dias :*


Assustada, coloca a mão no rosto e se pergunta pelas flores...

Contam-lhe sobre os dias que esteve dormindo, desespera-se!
Pega o album de fotografia e recorda os velhos tempos; naquelas fotos tudo parecia tão vivo!
Desce as escadas, lava o rosto na tentativa desesperada de acordar daquele pesadelo, mas nada acontece.
Senta em sua cama, implora por uma ajuda que não vem, o buraco no estômago confunde dor e mal estar, passa a mão pelos cabelos negros, as lágrimas jorram de sua retina, não pode controlar a dor.
Decide prostrar-se diante da tristeza, ficar ali em estado de inércia, convivendo com suas próprias tragédias, sem superá-las.
Os dias passam, mas os olhos não enxergam, as mãos fracas não alcançam mais o abajour, então desiste da luz.
Fecha os olhos para não lembrar, contrai todo o corpo para não esquecer, busca desesperada a saída, mas está presa em um corpo doente.
Chora pelas flores mortas, mas a janela fechada e o quarto escuro não a deixam ver que muitas primaveras se passaram.
Quantas novas fotografias haveriam em seu album, se não houvesse desistido de todas as primaveras, por apenas uma em que suas flores murcharam!

Trocou a dor momentânea, pelo sofrimento eterno!
Não ama por medo de sofrer, sofre por medo de amar, não se entrega por medo de morrer, não vive pois há muito está morta!

A distância real entre nossos dramas e nossos sonhos, é apenas um passo. Agora a escolha é sua! Um passo à frente ou um passo à trás? Sofrer eternamente por flores que murcharam, ou passar as outras estações se preparando para uma nova primavera? A coragem de lutar e mesmo perdendo, saber que fez tudo que pode, ou a covardia de sempre ficar na platéia da vida esperando desfecho das histórias alheias?

"Nós fazemos nossas escolhas, e nossas escolhas fazem quem somos!"

Tenham um dia maravilhoso!

P.S.: Espero que se identifiquem com o vídeo! :)


Disse Romeu: "Com as leves asas do amor transpus estes muros, porque os limites de pedra não servem de empecilho para o amor."
E os empecilhos de água? E os de terra? Quem sabe os de concreto!
Somos seres humanos, nós inventamos nossas tragédias, nós somos os autores dos nossos romances, mas não, isso não é uma filme de amor.
São duas pessoas, com vidas diferentes, tentando juntar as partes que se encaixam, tentando ver nos sinais a grandiosa realização de sua vida. Talvez nem sempre seja grandioso, talvez nem sempre seja magico, talvez, sejam só duas pessoas e uma mesma história. Talvez, cedo ou tarde as coisas se encaminhem, mesmo quando você chegou a pensar que nunca mais poderia recomeçar, talvez seja simples assim e o tempo trata de curar e cauterizar as feridas.
O extremismo nunca me levou a nada, acho que nunca levou ninguém a nada, hoje eu percebo que nem tudo que vai, morre; que nem tudo que fica, vive; que nem todas as lagartas sobrevivem tempo sufieciente para se tornarem borboletas.
Eu ainda vejo dias frios, ainda vejo campos floridos, casas com cheirinho de produto de limpeza, mas o que resta é a sutil idéia de que nós somos os heróis de nossas vidas, nós somos os únicos capazes de nos ferir, nós somos culpados de nossos pesares, nós somos os nossos próprios sabotadores. Ninguém entra em nossa vida se não deixarmos, ninguém nos afeta se não permitirmos, ninguém nos engana se não formos coniventes, ninguém prática um crime perfeito, sem consetirmos ao mesmo a chave da nossa alma.
Estar a mercê, estar sempre a disposição, um erro, um grande erro! Assim como amar, sofrer, superar, recomeçar; viver também depende unicamente de nós.
E apesar de racionalmente ser assim, eu não consigo fazer parte da racionalidade, das evidencias, dos muros que não podem ser escalados, das águas que separam mãos, das terras que separam olhares, da estrada de concreto, do coração de pedra... Eu faço parte do grupo de pessoas que deixa pra dizer amanhã, que ama mais quando não pode mais ter, que idealiza casa, filhos, cachorros, viagens, que dá apelidos, que tem músicas que depois que passa, não pode mais ouvir.
Eu só quero uma casa num país europeu, sentada na minha sala, com a minha cadeira marfim, minha máquina de escrever, um copo de chocolate de quente do lado e uma chuva lá fora, me servindo de inspiração para escrever para pessoas como eu. Sem títulos, sem preliminares, sem temas definidos, sem auto-ajuda capitalista, eu prefiro falar dos sentimentos que eu acredito, ainda que não sejam racionais, porque eu quero o indulto de sempre me esconder, eu quero abnegar do dever de me perguntar todos os dias: Sonhar? Realizar? Desistir?
Eu quero me ver nas linhas que escrevo, quero me ver viva ali, eu quero dar asas aos meus sonhos, ainda que eles pareçam indignos e frágeis, porque eu prefiro dar asas as coisas frágeis a disperdiçar minha vida com dividas morais.
Talvez a idealização não seja fruto da inocencia, talvez idealizar seja o primeiro passo para o realista fazer acontecer o que com racionalidade e detreza jamais se poderia.
E se o amor dá asas? Talvez não, mas acredito que nos dê uma escada, onde o primeiro e último passo depende unicamente da intensidade do que se sente. E antes que venham os demagogos dizer-me quão tolo e platônico é o discurso amoroso daqueles que querem e não possuem, esclareço-lhes do amor que não envolve outras pessoas, ou que sim, também envolvem, mas esse, esse a gente deixa adormecido dentro da alma, já que não depende exclusivamente de nós. Falo desse amor pelas coisas que nos dão energia para prosseguir, falo do amor correspondido entre o escritor e sua carta, entre o autor e seus livros, entre o músico e suas canções, eu falo do amor recíproco, das recompensas vindas de nossas criações, dos sonhos que nós realizamos, não porque fomos racionais, mas porque não desistimos.

Por mais distante e impossivel que pareça, NUNCA desistam daqueles sonhos!

Tenham um ótimo dia!
Espero que gostem do vídeo ;D

;*
Você vem me olhando
Como a lua olha o céu
Me forçando a descobrir
Que você abre portas, você abre portas
É difícil fazer de conta quando o sol se põe
E eu não ligo para o que eles dizem
Estou apaixonado por você, muito apaixonado por você
Eu venho julgando livros pela capa
Você trouxe cor de volta aos meus olhos
Estou pronto para mudar, progredi agora
Mas o que eles irão dizer quando descobrirem
Que eu estou apaixonado por você?
Há escolhas a fazer com tanta coisa em jogo, como eu vou saber?
Ponha a razão de lado, eu irei te encontrar
(Waking Ashland - Open Doors)

E cada dia, um aprendizado!

Mais um dia em que nos é dado a oportunidade de mudar tudo pra sempre...
Dia 24, uma data comum, ou não, acho que o que fazem as datas se tornarem importantes, não é necessariamente sua representação numérica, mas o que representa a pessoa lembrada nessa data. E nesse caso, eu chego a pensar que é por isso que existem os feriados, para nos dar a oportunidade de refletir e tirar o dia para pensar nessa pessoa que de alguma forma tem representatividade em nossa vida.
Tirando por esse ponto de vista, eu não precisaria de data especial para lembrar dos sentimentos especiais que tenho aqui dentro. Pra mim, todos os dias tem sido feriado, mesmo os dias que não amanheceram felizes, pois sim, nem sempre nossas tristezas tem única e exclusivamente a objetividade de nos machucar, ás vezes são delas que vem o crescimento moral.
Mas entendam, ainda que o crescimento seja aparente, não deixamos nossa humanidade, nosso ciúme, nossas crenças, nossos medos, afinal, essas coisas são acumulo de experiencias que tivemos ao longo da vida, e perder tais caracteristicas, representaria perder um pouco de si.
Hoje, ao contrario de brigar, chorar, me desesperar, falar por parabolas e sofrer inconsequentemente ou ainda, exaltar, colocar véus de perfeição, cobrar heroismo, eu vou aproveitar o momento, pois não sei quando ele acaba, não sei se ele se acaba.
Mas todos os dias coisas nos são dadas e tiradas, coisas que mesmo depois de desprender-se de nós, permanecem ali, te lembrando que você poderia ter usado melhor os seus dias, ter rido mais, sonhado mais, ter dito 'aquelas' palavras, se não podemos mudar o inevitável, ao menos não o tornamos um poço de arrependimentos.
Então, hoje é dia 24, hoje é um dia que me ponho a refletir e chego a conclusão que poderia ser dia 31, que os sentimentos seriam os mesmos...
E sim, eu me importo com o amanhã, mas estou vivendo o hoje, e sei que hoje eu tenho motivos suficientes pra sorrir!

'Eu preciso dizer que te amo, te ganhar ou perder sem engano, eu preciso dizer que te amo tanto!'

Parabéns ;*:
'Deitada em minha cama
Eu ouço o tic-tac do relógio e penso em você
Estou presa em círculos e confusão não é novidade
Me recordo de noites quentes, quase esquecidas
Trago um monte de lembranças
tempo depois...
Depois que minha imagem desaparecer
E a escuridão ficar mais clara
Olhando pelas janelas
Você se pergunta se estou bem
E com segredos roubados lá do fundo
O coração bate fora do compasso'
Porque eu não esqueço nada
A não ser de te esquecer
Nem ao meio-dia
Nem de madrugada
Eu não esqueço nada
Eu não esqueci
Nem o alivio do fim
Nem o delírio do começo
Nem um dia comum
Eu não esqueço nada
Nem vou esquecer
(Kid Abelha - Eu não esqueço nada)

Amanhecer...

Amanhece o dia, amanhecem as idéias, a alma da gente de repente sente aquela vontade quase sobrenatural de entedimento, e o corpo estático obedece a alma e se põe a refletir.
São reflexões um pouco tardias, reflexões que trazem lembranças, lembranças que te jogam a parede e te obrigam a aceitar que nem tudo que vai, acaba.
Eu sempre fui fervorosa quando o assunto era amor, sempre achei que quem ama permanece, mas as vezes, quem ama também se vai, quem ama também abre mão, quem ama também desiste... Mesmo que passe a vida esperando.
Quando nossas idéias acordam para o dia, e a única decisão certa parece te roubar o sol, o dia anoitece e fica tudo tão nublado!
Como não se deixar influenciar pelo que pensam os outros?
Hoje é um dia daqueles que não sei o que fazer, um dia que pus-me a pensar, mas as coisas ainda parecem vagas.
E as vezes meu coração me pergunta: sofrer por desistir ou desistir por medo de sofrer? Se isso nunca fez sentido, porque agora parece a única solução?
Uma noite de sono deveria resolver conflitos, mas não, eles apenas adormecem com a gente e acordam do nosso lado.
Eu sempre fui imune a influencias, mas ali estão os fatos, fatos que foram consumados. Meu Deus, eu estou com medo! Estou apavorada!
Cada passo em falso me parece uma armadilha e eu vejo portas se fechando quando ainda estão abertas.
E os olhos parecem convidativos e eu me sinto vazia sem Sophie's e Bob's, e eu me sinto desumana tentando matar meus próprios sonhos.
E eu sinto raiva de amar assim, de amar como se disso dependesse minha própria vida, e eu lembro dos momentos, e as palavras tomam vida, e tudo implora por uma decisão e eu não sei o que fazer.
Talvez eu o ame demais para aceitar a idéia de que o amanhã é pura incerteza, mas de alguma forma, de alguma forma confortante, eu sinto que em algum lugar, mesmo que no passado ou nos sonhos, eu sempre estarei com ele, eu sempre vou amá-lo e vou cuidar para que ele não se resfrie e vou ficar brava quando ele parecer orgulhoso, e vou abraça-lo bem forte e ele vai saber que é amado e talvez ele fique um pouco mais e talvez ele fique a vida toda, e talvez tudo isso fique apenas nos nossos sonhos. E talvez isso não faça sentido, e talvez eu saiba que não é mesmo pra fazer sentido algum... E sabe porquê? Porque eu estou apaixonada! Estou apaixonada pelos olhos castanhos, pelas mãos, pelo sorriso, pelos gostos em comum, pelas idéias malucas, pelas omissões, pelos medos, pelas renuncias, pela coragem de voltar atras, pelas arvores, pelas estações, por F1, por domingos, dias frio e chocolate, por Madrid, pelos campeonatos de futebol, pelo Fluminense, por casas rosas, cercas brancas, músicas, por idéias pervertidas, lingeries brancas, por tibia, por beijos que nunca dei, abraços que não abracei, por dormir de conchinha, e onde eu estiver, sempre haverá uma paixão dessas pra me provar que ele foi real.
Como ir, se tudo isso vai ficar?
Eu não vou tomar decisão nenhuma, não hoje, não agora, não assim... Eu quero olhá-lo um pouco mais de dentro da nossa história, eu quero senti-lo, eu quero certezas...
Porque as vezes a gente fecha uma porta e ela se fecha pra sempre!

Tenham um bom dia!

'Saiba que onde quer que eu esteja, eu sinto sua falta'

Eu te amo muito, tanto, que você nunca terá idéia do quanto é!

Porque somos você, eu e todas as pessoas
Com nada para fazer, nada para provar
E somos você, eu e todas as pessoas e
Eu não sei porquê
Não consigo tirar meus olhos de você
Existe algo sobre você agora
Que não consigo compreender completamente
(Lifehouse - You and me)

Olhando pela porta aberta, me lembrando de todas as portas que já fechei, automaticamente me lembro de todas as páginas que virei, e de tudo que ficou pra trás.
Hoje eu sei, que deixar pra trás não significa esquecer, não significa não pensar, deixar pra trás é se dar conta que o mundo não pára, que nós não paramos, e que mal ou bem a vida prossegue. Chorando ou sorrindo os relógios do mundo vão continuar marcando o tempo... E nós aprendemos a deixar as coisas para trás, nos acostumamos que o amanhã pode vir e nos tirar outras coisas, portanto devemos aproveitá-las, ou pode nos trazer algo que aprendemos a amar com ou mais intensidade.
Uma vez alguém que eu amei e amo muito, me disse que as coisas mudam quando a gente muda e eu me dei conta do quanto as minhas mudanças mudaram o mundo, ao menos o meu mundo.
Então aí está minha necessidade de escrever essas palavras, de dizer que amor é o que eu tenho, que eu não sei do amanhã e nem de ganhos e perdas, sei que são ciclos naturais que se cumprem, mas não sei de que forma se dão.
O que eu sei, é o que eu vejo, mas não quero perder mais nada para valorizar, não quero vislumbrar saídas para esquecer, eu quero lembrar, lembrar e lembrar...
Lembrar dos ventos do outono que me enchem de inspiração, do calor do verão que me faz pensar em praia, acampamento e noites intermináveis, do frio do inverno que me faz lembrar de F1, domingo de manhã, e chocolate quente, de primaveras que me lembram lirios no cabelo e vestidos coloridos.
O que eu sei, é que cada palavra que escrevo nesse momento representa uma porta que se fecha em algum lugar do mundo, representa mãos que se separam para sempre, amores que morrem como se fossem melhor nunca terem existido, lágrimas desesperadas e travesseiros ensopados de dor e saudade. Mas eu sei que igualmente, essas palavras representam primeiros beijos, mãos que se encontram no cinema, sorrisos trocados na rua, declarações de amores platônicos, pedidos de casamento, jantares romanticos, carícias escondidas, flores roubadas no muro...
Sempre existe os dois lados da moeda, eu posso me conformar com o fato de que tudo passa, tudo cai na mesmice, pessoas se cansam de esperar, pessoas se cansam de lutar, pessoas se deixam pela eternidade, ou posso lutar pela idéia de que sempre vale a pena recomeçar, de que sempre é possivel fazer diferente, de que lutar é sinal de que o amor é maior que o orgulho, de que as vezes se torna comum viver por alguém, mas é uma dor incomum viver sem esse mesmo alguém.
E aí, qual lado da moeda você escolhe?
Porque lembro de todas as portas que eu vi fechar, eu lembro da pergunta que ficou depois das lágrimas: Mas vale sofrer pelo sonho que não se realizou, ou antecipar o sofrimento sem ao menos lutar?
As pessoas sofrem por medo de tentar, e desistem por medo de sofrer. Isso nunca fez sentido pra mim!

E sim, eu fiz minha escolha!
Tenham um ótimo dia!

Eu te amo! ;*:

Eu lembro de você, você me conquistou correndo novamente.
Você compartilhou meus segredos e meu sorriso.
Eu me apaixonei com a luz nos seus olhos
Eu acreditei que aquele verão iria além e além para o resto da minha vida. ♫
(Roxette - I remember you)

Deitada em minha cama, ouvindo o barulho da chuva lá fora e imaginando o rumo que a vida tomará daqui pra frente.
Eu tranco a porta, sinto o cheiro da terra molhada...
Olhando pela janela, eu estou olhando pela janela, me perguntando onde está você!
Teria sido um sonho?
Pois quando abri meus olhos você já havia ido embora, mas eu ainda sinto seu cheiro, ainda posso sentir suas mãos.
Eu olho os carros passando na rua, e quando meus olhos não os enxergam mais, aquelas vidas simplesmente se encerram pra mim. Mas alguma coisa me fazia pensar; o que acontecera com aquelas vidas depois das curvas em que meus olhos não alcançavam mais? Continuavam sorrindo? Falavam sobre seus dias? Ouviam uma música? Pensavam em suas esposas ou em suas futuras esposas? Eu nunca saberei...
Pra mim era como se eles desaparecessem no tempo, rostos que eu jamais voltaria a ver, vidas que prosseguiam longe dos meus olhos.
Para eles, eu era apenas a garota olhando pela janela, apenas a garota que fazia parte daquele cenário de arvores e estrada, mas quando faziam a curva, junto com a chuva, o céu nublado, as árvores e a estrada, eu desaparecia.
Será a vida assim?
Depois das curvas, nos tornamos apenas parte do cenário?
Eu continuo olhando pela janela, eu vejo montanhas ao longe e me pergunto quantas estão entre nós, me pergunto o que mais está entre nós!
Estará você em um desses carros que levantam a água do chão e molham a calçada? Um desses que faz a curva e some em meio a neblina? Estará você em alguma canção que eu insisto em ouvir? Estará você longe demais pra me sentir?
Mas você é tão real quando o projeto aqui, tanto que posso tocá-lo. Sua pele macia, o jeito que me olha de perto, os beijos que o corpo tomado pelo extase se nega a dar, mas a boca sente, sente com intesidade.
Você está longe! E a chuva continua caindo, será que você olha a mesma chuva?
Você está perto! E a chuva continua caindo, será que você também pensa em mim?
Só por essa noite...

Tenham um lindo dia e não se esqueçam de olhar pela janela! ;D

Sinto dizer que amo mesmo! ;*:
'Se você não consegue acreditar no vento,
Em quem você acredita?
Se você não pode amar o pecado,
Quem você pode amar?
Se começar, você vai me deixar terminar?
Se eu cair, você vai me levantar?
Se eu não beber de um copo de prata como você,
Você diria, na despedida, boa sorte?' ♫
(Augustana - Dust)

Acreditar...
Acreditar nas coisas que não entendo, acreditar em sons que não ouço, acreditar na expressão facial que não vejo, acreditar no que está inerte, acreditar que no final, tudo estará lá, como no princípio.
De alguma forma incompreensível eu adquiri uma armadura impenetrável e uma linguagem concisa, para não cometer velhas gafes.
Estar sendo racional, analítica e pouco prolixa, não me isenta de cometer falhas permissíveis, porque por trás dos olhos decididos, existe uma mulher apaixonada, e a paixão desestrutura nossos muros, até então intransponíveis.
Essa mesma paixão nos dá o poder de ascensão e ao mesmo tempo de auto-destruição, e o que resta entre as linhas tênues do querer e do poder, é acreditar.
O acreditar consciente não faz mal a ninguém, mesmo que a racionalidade tire um pouco da pureza da tal paixão.
Porque pessoas, são um emaranhado de confusões e certezas, porque nem com a ajuda da ciência, seremos capazes de compreender o outro em sua totalidade, porque melhor que se dar por completo, é se dar o suficiente pra que daqui a 50 anos você não se arrependa de está onde está. Por isso hoje, eu não quero provas, não quero privações, não quero extremismo, eu quero a idéia do provavel encontro, a incerteza do próximo beijo, mãos dadas que só estão unidas naquele momento, sem falsas promessas de eternidade, eu só quero abraços apertados, e olhares que prometem apenas o agora. Porque por fim, tudo que nos resta é aprender e prosseguir, independente do que se encontra pelo caminho, porque mais vale amar e perder, que passar a vida toda sofrendo por não saber como seria.

E se querem mesmo saber, mesmo que racionalmente, eu acredito!

Tenham um lindo dia caros amigos!

Eu amo? Sim, amo muito! ;*

'Amor, meu grande amor
Só dure o tempo que mereça
E quando me quiser
Que seja de qualquer maneira...
Enquanto me tiver
Que eu seja
O último e o primeiro
E quando eu te encontrar
Meu grande amor
Me reconheça' ♫
(Frejat - Amor, meu grande amor)

O tempo continua correndo, mas o tic tac do relógio não me assusta mais, e por mais que as horas pareçam desiguais, os ponteiros sempre estão no lugar certo, mesmo que apenas duas vezes ao dia.
E o que me consola nesse diálogo impessoal, não são as canções de amor e a brisa da madrugada, o que me assusta não é a ausência consentida e os galhos secos que caem lá fora, talvez tudo isso seja apenas filosofia ou palavras que não fazem sentido, porque o que me acalma de verdade é a mesma idéia vaga e inverossímil de sonhos que permanecem. O que me dá medo não é a ausência consentida, depois da despedida chorosa, mas é que fazer com os sentimentos que ficam, com as mesmas músicas de amor que não consolam e deixam tudo insuportalvemente ultra-romântico.
Eu me culpo por sentir borboletas no estomago, e me culpo por me sentir instigada a permanecer, enquanto as incognitas estão lá. Mas se eu não ficar, se eu não ficar ao menos pra saber onde vai dar, eu vou passar a vida infeliz, por ter desistido por medo da infelicidade. E isso sinceramente não faz sentido!
Então aqui estou eu, colocando novas fotos em novos albuns e eu não me arrependo de estar onde eu estou e das decisões que tomei, porque sonhos, foram feitos pra serem realizados e independente de onde a vida vá decidir me levar, eu vou estar aliviada por dessa vez estar fazendo a coisa certa.
Está claro que não posso prometer perfeição e humor estável, está claro que não há garantias concretas que tudo dará certo no final, porque é evidente que nos contos de fada as histórias acabam por onde deveriam começar, porque está na cara que dessa vez eu estou ciente que o futuro é incerto, que haverão tropeços, que os medos não serão menores e que sim, Madrid seria um bom lugar pra se passar férias.
O que está evidente pra mim, é que um dia nunca é igual ao outro, amanhã eu já não serei essa mesma que vos escreve, e nem vocês serão os mesmos que agora leem essas palavras confusas, amanhã teremos novas experiências, teremos visto outras pessoas e nosso coração terá batido muitas vezes e nenhuma batida jamais será igual a outra, daqui a meio segundo eu já não serei idêntica ao que sou agora, mas pensar nisso não muda o fato de que todas essas mudanças vão acontecer inevitavelmente. E o que resta depois de todas as dúvidas e de todas as pessoas que vieram, foram, voltaram, ou que nunca mais apareceram, é que ninguém passa por nós sem nos deixar absolutamente nada, por mais complexo e irônico que pareça o tal destino, as coisas boas permanecem, os amores insubstituíveis voltam e os verdadeiros, nunca se vão pra sempre!

Ele voltou! (:

E o que vai acontecer depois? Leia esse blog pra acompanhar cenas dos próximos capítulos. Mas se quer saber uma coisa interessante; sim, eu o amo!

Cada dia, é um novo dia! Sorria :D
E continue a nadar, continue a nadar ;*
'Perdendo meu tempo
Vendo o pôr-do-sol
Eu caio no sono
Ao som de "Lágrimas de um Palhaço"
Um desejo me cegou
Estou perdendo meu tempo
Meus amigos ficam me dizendo: "Ei, a vida continua"
E que o tempo certamente me fará superar você
Este estúpido jogo do amor
Você joga, você vence só para perder
Vendo os dias passarem
Me sentindo tão pequena
Olho fixo na parede
Esperando que você pense em mim também'
(Roxette - Spending my time)

Você vence, só pra perder no final; talvez essa seja a melhor definição...
Me lembro de ter prometido não falar a respeito, mas me consome essa idéia de que todas as lembranças devam ficar amontoadas aqui dentro.
Talvez a suma importancia não deva referência ao todo, porque eu não sou todas as pessoas, eu não sou o amor que eu perdi, nem as lágrimas que eu chorei, mas eu sou o conjunto de todas essas coisas. E ainda que pra todas as outras partes nada tenha significado, pra mim foi o próprio céu e inferno
Talvez pelo orgulho ferido, ou pela idéia da submissão a situação, eu ainda não tenha me sentido a vontade pra desabafar nessas pobres linhas, mas hoje eu quis fazê-lo...
Vocês sabem caros amigos, qual é o sentimento que resta a uma pessoa que não pode sequer dizer adeus ao ser que amou? O sentimento é de fracasso! Não se pode culpar o outro o tempo todo, ás vezes é importante assumir nossa parcela de culpa, mesmo sabendo que NADA, mas nada mesmo justifica certas atitudes.
Mas aqui estou com esse sentimento vago, sentindo palpitar idéias que ás vezes desaparecem entre um suspiro e outro, o que dói é ter que admitir que até o momento da partida, eu era feliz.
Mas pobre daquele que acredita que a felicidade é um estado definitivo, enquanto a realidade, é que essa tal felicidade são pequenos momentos que vão e vem, mas que dentro de nós permanecem, sejam como lembranças, saudades ou tão somente desprezo. Mas não, eu não posso desprezar a sutil idéia do que passou, porque mais do que o que foi passageiro, o que me leva a escrever essas simplórias palavras, foi exatamente o que ficou. O que ficou dos sonhos e da realidade, o que ficou dos sorrisos e das lágrimas, o que ficou depois que todo o resto passou...
Nos meus momentos de lastima, talvez entre uma palavra esbravejada e outra, eu tenha tentado expurgar pelos meus póros a dor das feridas que me marcaram, e eu só sentia raiva de ver ali, aqueles machucados que eu mesma havia permitido serem abertos em cada parte do meu corpo.
Mas hoje, a dor não existe, só me resta esse sentimento vago e vazio, de quem está do lado de fora e que olha pra trás com lágrimas nos olhos e diz: boa sorte meu amor, boa sorte meu ex amor, hoje eu viro essa página, mas você sempre estará no livro da minha vida. Não importa o que te fez tomar as decisões que tomou, te odiar, seria como disse o poeta; tomar veneno esperando que você morra.
O amor é o ridículo da vida.
A gente procura nele uma pureza impossível, uma pureza que está sempre se pondo.
A vida veio e me levou com ela. Sorte é se abandonar e aceitar essa vaga ideia de paraiso que nos persegue, bonita e breve, como borboletas que só vivem 24 horas.
Morrer não doi.
(Cazuza)

Hoje o dia amanheceu com uma cara diferente, não tenho muita inspiração pra escrever e no entanto, preciso escrever.
Acho que desde pequena, escrever sempre me aliviou grandes cargas de sentimentos que ficavam ali, estagnados.
Ontem, minha mãe veio conversar comigo, a respeito do meu avô que está a meses doente; indo de médico à médico, sem resposta alguma. Tudo que eu vejo todos os dias que acordo, é uma nova esperança de um médico diagnosticá-lo logo, pois ele está cada dia mais magro e mais fraco, já não come mais, não bebe água, mas é vísivel que ele tem vontade de viver.
E sim, depois de todas as minhas orações, veio a resposta que eu tanto queria, mas não da forma que eu queria, meu avô pode estar com câncer.
Foi o que minha mãe disse, os médicos desconfiam disso também...
Me lembro bem dessa doença, sempre ter sido quase um palavrão aqui dentro de casa, desde que minha avó faleceu, e é estranho pra mim, conviver com essa realidade.
Eu sempre achei que era necessário viver cada dia como se fosse o último, mas nunca achei, que teria que acordar todos os dias com esse sentimento de última vez.
A despedida em doses homeopáticas me tortura, mas não vou fraquejar dessa vez, eu não posso me desfazer, porque sei que todos estão tentando ser fortes.
Mas cada vez que olho para o quarto dele, me dá uma dor no peito, uma sensação de que nunca mais vou ouvir aquelas risadas de manhã, a sensação de estar absorvendo o máximo das lembranças, eu olho cada peça de roupa, olho ele dormindo ali, como se depois de muitos anos, ele houvesse voltado a ser uma criança.
Eu daria uns anos da minha vida, pra que meu avô vivesse o suficiente para conhecer meus filhos, pra levá-los a jogos de sinuca, campeonatos de futebol, pra comprar balas de hortelã e amendoin, pra dar a eles, toda a alegria que ele me deu durante meus 20 anos de vida.
Aproveitem meus amigos, aproveitem os grandes amores de suas vidas, aproveitem seus pais, seus avós, seus amigos, aproveitem!
Porque se cada dia que passa é um dia a menos ou um dia a mais, eu não sei, mas sei que um dia desses, pode não haver amanhã.

Tenham um bom dia!
E não se esqueçam: é mesmo preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã.