Era só um suspiro pela madrugada, quando ela ainda não sabia bem o que estava fazendo com aquelas lembranças nas mãos, havia um pouco de introspecção nas palavras levemente amargas.
No fundo nem ela entendia bem os motivos, uma vida dificil talvez, saturar-se de conhecimento inutil, levantar todos os dias e ter a certeza de que teria que ficar lá por muito tempo, talvez fossem alguns dos motivos cruéis a levá-la àquele estado de meditação.
Estar entre as pessoas e menosprezar cada gesto não era consciente, mas a consciencia sã, estava rápida demais para acompanhar os fatos.
Sabia que estava aturdida, mas não sabia os porquês, e eles eram muitos, misturando-se, confundindo o certo e o errado.
Na cabeça de uma menina, todo o templo convidativo é um sinal de que a tristeza pode vir a ter fim, então ela se apega as belezas faceis, o problema é que as vezes estão apenas disfarçadas de facilidade, mas no fundo a fazem insegura, estimulam medos adormecidos.
Ela não sabe bem o que fazer quando a porta se fecha e a sala está escura, ela não lida bem com mudanças e partidas, ela não sabe como é acordar dos sonhos.
E quando ela o encontrou sabia que seria definitivo, teve medo de tentar e ainda tem, sabe que a pior distância não é a que separa as mãos, mas a que separa os ideais, ela ainda não entende bem algumas coisas, não entende promessas que acabam sumindo sem que se percebam.
Ela não quer conto de fadas, se cansou de ser abandonada pelo principe, ela não quer palavras bonitas, ela quer história de verdade.
Ela sabe que tem muitas coisas que deveriam ser ditas, ela sabe que amanhã pode ser tarde demais, ela sabe que é dificil entender expressão que não pode ver, mas sabe também que onde há verdade, o amor persevera.
Com seu jeito dificil e suas imposições severas, ela caminha devagar pra não deixar-se afogar pelas lágrimas que cultiva em um lado escuro do coração, as vezes ela está apenas procurando alivio.
No fundo ela só sente falta dele, sente falta de quando ela não entende nada e ainda sim sente as pernas tremerem de ansiedade, sente falta das palavras sem nexo e das risadas que fazem o coração bater mais forte, sente falta do friozinho na barriga e dos planos que algumas vezes parecem ser só sonhos, sente falta de não estar tão longe ainda que 1500 milhas os separem, sente falta das músicas que sempre parecem contar a história deles e dos poemas que sempre falam do que se passa dentro dela, ela sente falta de não querer sair, de não ver as horas passarem, de sentar e esquecer do mundo lá fora.
Ela sente falta dela mesma quando ele não está...

Por que ainda faz tanto frio aqui? =/

"Longe de você esse planeta é triste, não existe vida sem o seu calor
Ouço essa canção tocando no meu quarto e nem ao menos sei onde você está
Eu prometo um dia te encontrar..."

Te amo mto :(
Ele...
Ele é a razão das minhas maiores certezas e dos meus maiores medos.
Ele que eu não sei muito bem explicar, mas que meu coração entende sem esforços.
Ele que faz meu mundo girar mais rápido, que me proporciona aquele friozinho na barriga tão oportuno.
Ele que muitas vezes não deve entender o motivo das minhas inseguranças, que deve se sentir acuado quando eu me armo toda de orgulho e tristeza, e que não deve notar que essa é uma forma de implorar pra que ele não vá.
Ele que me lembra poesia e música, que me lembra sorrisos e abraços apertados, que me lembra cheiro de folha verde e terra molhada.
Ele que talvez eu passe a vida tentando amar com devido merecimento, que eu entregue tudo e algumas vezes ainda pareça nada, que eu faça valer, ainda que todo o resto diga não.
Ele, meu menino, meu homem, meu amor, a certeza das horas em que a minha confiança vacila, o alicerce para os meus pesares, a luz para as noites sem estrelas.
Ele que faz os sonhos parecerem possiveis, que faz os momentos parecerem eternos, que me enche de esperança e me rouba toda a nostalgia.
Ele...
Pedaço do céu, flores desconhecidas, gosto de tempestade, palavras que não foram inventadas, coisas que simplesmente não podem ser definidas...
Homem com rostinho de menino, meu eterno namorado!
Ele que me ensinou as lições mais importantes, que me amou quando não mereci, que chorou quando eu chorei.
Foi pra ele que eu me entreguei, que eu me dei sem querer voltar atras, que eu soube desde o inicio que era um caminho sem volta, que soube me cativar, e fazer da estrada não uma jornada cansativa, mas uma caminhada de descobertas.
E eu não posso mais retornar ao ponto de partida, e eu não sei mais como é estar perdida, eu encontrei o caminho de casa, e encontrei todas as chaves e todas as saidas, eu me encontrei.
Felizmente hoje, eu e ele, somos um, somos parte da velha história que a vida conta todos os dias.
Sem medo da jornada, somos aquilo que chamam de eternidade...
Eu não vou te esquecer, eu não posso te deixar, eu não posso dormir sem você, então... não se vá!
Feche todas as portas, vamos deixar o medo lá fora, deixemos que o passado morra asfixiado em alguma gaveta velha, não deixe-o aparecer.
Coloque minha cabeça sobre teu peito, deixe-me sentí-lo respirar só por essa noite, me deixe tocá-lo e prometa que amanhã estara aqui.
Não vá tão longe, me leve com você, não fuja com nossos sonhos, me mantenha aquecida longe da solidão.
Diga que a insegurança vai embora, não deixe que ela me aprisione, precise de mim, porque eu preciso de você.
Não deixe que o monstro embaixo da cama me tire o sono, não deixe que a distância me impeça de sentí-lo, não me deixe morrer sem antes olhar você.
Pegue as nossas coisas, não deixe que nos vejam, podemos ir para bem longe, podemos não voltar mais, e viveremos só eu e você.
Eu vou estar esperando, eu vou ficar aqui, sentada, olhando pela janela, para que em breve você dobre a esquina e venha me ter, porque amanhã de manhã, eu ainda vou te amar exatamente como amo agora.

"E você se perdeu dentro de suas lágrimas
E não há nada que eu possa fazer
Porque eu me perdi dentro dos meus medos
Porque eu não sou nada sem você"


TE AMOOOOOOOOOOOOOOO MTO MEU MENINO :)


(Imagem escolhida pelo único homem que me faz mulher *-* Meu Nheãn... Kero ser sua pra sempre)


Eu li certa vez, que um texto deve ser escrito como se fosse o primeiro e o ultimo da sua vida. E assim farei hoje...
Não vou falar de mim, não vou vou falar dos meus pesares, muito menos dos meus medos, eu vou falar de alguém... Um alguém que mudou a minha vida. Há alguma coisa de errado na maneira com que a maioria das pessoas encara a vida, há alguma coisa de insólido na maneira de valorizar apenas o que você não tem mais. Por isso, eu uso minha mera intimidade com as palavras, pra dizer, sem muitas reticências e hipérboles, que há alguém, alguém que mudou minha vida. Ele que talvez nem saiba muito bem o que significa pra mim, mas que entende sem demasia o meu jeito, os meus defeitos, as minhas crises, as minhas inseguranças. Ele que me estende a mão quando tenho medo, e despende toda a agonia, na angustia ele me entrega a calma e depois do cansaço, ainda está disposto a fitar suas idealizações num unico ponto em comum. Nossos sonhos, nossas músicas, velho ritual clichê do amor romantico, velha tentativa furtiva para amantes aficcionados a paixão, como esconderijo prudente para lágrimas que não virão. O amor que perdoa, que suporta, que ameniza-se no acaso, que encontra o abrigo a sombra da dor. Eu aprendi com ele a sentir-me em casa em qualquer que seja o lugar, eu aprendi a vislumbrar o que ninguém vê, a amar o que a maioria despreza. Hoje eu tenho tudo que preciso, tenho o ombro pra chorar, tenho a companhia que me faz sorrir, tenho as mãos pra me instruir, tenho o olhar que cuida de mim, tenho os braços que me abraçam, tenho o amor, o amor romantico, o amor realista, o amor idealista, a paixão alucinada. Eu posso ver, posso sentir, eu fecho os olhos e consigo enxergar, porque ele esta sendo meus olhos, minha fortaleza, minha realeza... Não houveram tempos antecedentes, a vida começa agora, a realidade é aqui. Eu apenas tenhos minhas mãos pra oferecer, mas não tenho muito tempo, a vida é tão curta e o amor, tão longo... Eu preciso de mais, no entanto, só tenho esse tempo, milimetradamente contado. Então me dê o seu melhor, que eu estarei dando o melhor de mim. Então me dê seu agora, que eu estarei te dando todos os meus momentos, o principio, o meio e o fim. Então me dê uma palavra saudosa, uma lembrança boa pra eu guardar, me dê um embrulho bonito, laços de fita, uma grande caixa e um pequena flor pra enfeitar o livro da minha vida. Me dê motivos, me dê verdades, não me dê escolhas, não me deixe ir... Me faça entender, me faça esquecer, me faça acordar. E se o amanhã eu não merecer, não se esqueça, que por você eu sempre estive esperando.


"Me dê razão, mas não me dê escolha"


EU TE AMO ATÉ O FIM MEU NHEE <3>



Todo ser humano, em algum momento, já passou por uma fase de hesitação, por aquela fase em que você se pergunta: "Ei, o que estou fazendo aqui, agindo desse jeito, me sentindo assim?"
E você se depara com inúmeras respostas, mas nenhuma supre aquele vázio de querer libertar-se do sofrimento, e de alguma forma você ainda está aprisionado nas correntes do comodismo. E você exita, não só porque tem medo, mas porque não se reconhece, porque está fixado em suas imperfeições, está olhando a cerca feia ao invés de olhar o jardim bonito através da cerca. Está frio aqui, você diz... Mas o que é menos insano, morrer de frio, ou lutar para se aquecer? Corre o risco de que você morra de qualquer jeito, mas só atingira o objetivo se lutar. Sabio foi aquele que afirmou que nem todos que lutaram, atingiram seu objetivo, mas todos que atingiram, lutaram. Em alguns momentos, eu insisti sim, insisti em ser triste e em alimentar o que havia de mau aqui dentro e dos percalços pelo caminho, eu só quis a calçada limpa pra eu me sentar e esperar o improvavel. Eu desisti de mim, antes mesmo de saber se eu era capaz, desisti das palavras que eu tanto amei, desisti das músicas que tanto me deram acalento nos momentos em que eu tive certeza que não havia mais nada, eu desisti do pôr do sol, desisti da chuva, desisti das pessoas que tantas vezes foram mais que adornos na minha história, que insistentemente eu afirmava ser triste. E enfim, eu olho e percebo que da mesma maneira que alguns, mesmo sem motivos colocam sorrisos em seus dias, eu colocava lágrimas, eu entendia que a vida não passava do que você vê e toca, acreditar era pra utópicos, sonhadores, inconsequentes... Para realistas, você tinha o que seus olhos podiam mirar, o que suas boca sentia o gosto, o que suas mãos tateavam. Era outono creio eu, fim de qualquer esperança para uma realista convicta... Onde você se pega olhando pela janela, e diz a si mesma, se até as folhas tem o direito de cair, porquê eu não teria? E em algum lugar, eu vi alguém dissertar sobre o amor maior, mas esse não me enchia mais os olhos, eu não esperava de parte alguma, pois foram tantas as vezes que eu passei noites em claro por ele esperando, mas esse traiçoeiro amor não apareceu. Foi tanto tempo, tantos desgostos, eu nem sabia ao certo se ele existia, sequer sabia se eu estava realmente viva, porque usando-me do verso: "quem quase morre esta vivo, mas quem quase vive já morreu", eu não tinha muita certeza se o que me avivava era um coração feito de sentimentos, ou um músculo que bombeava sangue para o resto do corpo. Os vestígios de desistência eram claros, eu já estava aturdida, porque sonhos eram absoletos e a minha existência era vã. Eu vi minha casa de janelas brancas ser demolida, eu vi meus filhos morrerem sem mesmo terem nascido, eu fiquei viuva de um amor que eu nunca tive, foi suicidio moral, tudo em nome da bela tristeza. Eu tinha medo das águas turvas, mas me joguei das grandes e agudas pedras, eu eu sangrava enquanto inalava a água salgada, eu chorava e o mar transbordava, mas eu estava no fundo. Senti uma mão segurando meus braços, mas tive medo de abrir os olhos, um toque e meu corpo estava quente de novo. Eu vi a vida passar em um segundo diante dos meus olhos, e eu descobri que nunca houvera vivido, o que eu tive foram falhas tentativas, espasmos da existência que me obrigava a seguir. Eu tive medo, tive medo de aceitar as mãos que me foram estendidas, mas acabei por aceitá-las e aceitando-as eu entendi, eu entendi que verdades são realidades propostas por nosso acumulo de experiencia. E eu me perguntei, quando realmente eu fui eu? Ele me explicou sobre a vida, também já havia sofrido demais, ele me deu o conforto, deu sentidos aos sonhos, ele devolveu a primavera, ainda que fosse inverno, ele me acalmou quando eu chorei, ele foi cumplice de minhas loucuras, ele foi o herói errante, e eu via nele o amor perfeito, ele foi aquela singela canção, o suspirar empolgado, o acordar aliviado, o calor das noites frias. Ele me deu coragem, me deu forças, foi meus olhos nos momentos de agonia, foi o sopro no momento insensato, foi o acalento das minhas madrugadas insones, ele foi alguma coisa entre terra e céu, alguma definição inexaurível, alguma história incontavel. E apesar da minha falta de palavras, e apesar da paciencia sobrenatural que ele sempre teve, apesar dos medos que as vezes tememos juntos, e apesar das mãos que ainda não podem se tocar, e dos sorrisos dados separadamente, e apesar do oxigenio que não disputamos, e da estrada longa porém curta, que nos separa, e apesar do adjetivo "perfeito", eu sei que ele é humano e eu o amo. Eu sei que ele sente, que chora, que sofre, que tem ciumes, que tem fraquezas, e é exatamente isso que lhe dá esse mérito, a humanidade dele me encanta, me envolve, a mortalidade que me faz querer eternizar o hoje, que me faz querer dizer mil vezes "eu te amo", porque o amanhã não é certeza. Porque se eu nunca puder olhar aqueles olhos amendoados e dizer que eu renasci, que ele me salvou, que eu não quero que ele se esqueça que eu o amei, que eu o amo, que imperfeições e erros também compõe o carater de um grande homem, que nós podemos ser dois ou um só, e isso só depende do que queremos ser juntos, a minha existência terá sido mais uma vez em vão. A vida prossegue seu ciclo, haverão muitos outonos, verões, primaveras e invernos, e dessa vez eu vou olhar pela janela e me perguntar: "se até as arvores depois de se tornarem apenas galhos secos, voltam a florescer, porquê eu não?"

Eu jamais vou esquecer daquelas mãos que me roubaram a escuridão... :)

"O verdadeiro amor não é aquele
que se alimenta de carinho e beijos
mas sim aquele que suporta a renúncia e
consegue viver na saudade"

Eu te amo Je :D

Obrigada por ser perfeito, até mesmo nas suas imperfeições *-*