Molly tinha certeza do amor de Gerry! Apesar de todas as discussões, de todos os momentos difíceis, das impossibilidades, da não aprovação da família, Molly tinha plena certeza de que Gerry não iria deixá-la, que depois de tudo que haviam vivido não existia mais caminho de volta, já amava-se pela primeira e última vez... E só a morte os separou, apesar de todas as dúvidas de Molly, no fundo ela sempre soube que era amor o que ele sentia. Mas e se ela houvesse acreditado e ele só tivesse mentindo o tempo todo? E se depois de ter certeza de toda a verdade que estava ali debaixo dos olhos, se deparar com tudo desfeito, como acordar de um longo sonho bom e se deparar com o pesadelo de não haver nada... Molly entenderia como se sentem os esquizofrênicos, que criam um mundo e seus personagens, que tem uma vida na ilusão, e quando voltam a si, tudo era invenção da sua própria vontade viver e daí entram num estado de transe profundo, eis mais um louco em sua camisa de força, lutando pra esquecer o mundo que ele criou e que era tão verdade que ele chegou a sentir o cheiro e o gosto de cada personagem da sua vida fictícia, que agora se vê incapaz de viver o mundo real. Molly também entenderia os fatores que levam da sanidade à loucura! Depois da vida consolidada e da certeza de ter tudo, abrir os olhos e descobrir que nada foi verdade, que tudo foi em vão, e não há nada pra culpar, porque miragens não tem sentimentos.
"Você foi minha vida, e eu apenas um capítulo na sua"
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