"Estamos juntos nisso e é pra sempre. Ou pelo menos é o que eu gosto de pensar. Sem você eu sou pior cada vez mais, talvez sem mim você encontre a sua paz... Não vá..."


Naquela tarde vázia, onde o único estímulo sofrido pelo corpo, era o toque frio do vento que insistia em bagunçar-lhe o cabelo.
Aquela face crua, olhando perdidamente para o horizonte que àqueles olhos não correspondia.
Não havia mais nada, só as torturantes e dolorosas lembranças.
Lírios e orvalho embelezam sua dor, uma insistente e estável dor. Não era mais possível atingir o apíce do sofrimento, porque por algum motivo oculto, sabia que já havia atingido seu máximo.
Com palavras rebuscadas e sorrisos forçados, ela tenta achar a explicação certa, ela tenta justificar-se, mas nada tem funcionado. Então ela senta e espera, sabe que o coração é uma caixa de surpresas.
Ela está sempre adiante, caminhando rápido demais, mas todos os dias senta naquela cadeira marfim, fecha os olhos e revive tudo. Cada cena, cada sonho, cada suspiro, cada briga, cada palavra, cada respiração... Ele pode nunca voltar, mas a insistência em espera-lo, a manterá viva.

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