Música do dia: Como o clima é de carnaval né... Ai vai uma música que ouvi ontem na praça e lembrei dele...
"Qual a melhor forma de sentir calor sem teu corpo quente
Qual o melhor jeito de falar de amor, sem falar da gente
Você foi embora e nem telefono, tão indiferente
Se foi pra termina, por que é que começo
Tinha que ser pra sempre
Eu sei... Tanta coisa mudo
Eee saudade, que bate no meu coração
Sei que é tarde, mas não desligue não
Eee saudade, que bate no meu coração
Preciso dizer que te amo pra você lembrar
Olha nos meus olhos
Vem me dar um beijo
Porque quando eu te vejo eu te quero demais
Vem senta no meu colo, me faz travesseiro
Tudo é tão perfeito do jeito que a gente faz
Nem toda água do mar
Vem a luz do luar
Vem o arco-iris que tem o seu olhar...
... Preciso dizer que te amo pra você lembrar" (Jammil e uma noites - Ê saudade)

Frase do dia: "Só acaba, quando acabar... e pra mim não acabo" (Filme simplesmente amor)

Sonho do dia: Andar de mãos dadas na chuva =(

Filme do dia: Simplesmente amor

Palavra do dia: Lirios

Texto do dia:

Quando ele me deixou ir embora, eu senti até um certo alivio, porque não estaria mais fazendo mal a ele. Eu simplesmente me conformaria e esqueceria, como foi com todos os outros. Eu pensaria muito nele no dia seguinte, no outro e no outro também... Talvez por uma semana ou duas, mas não mais que isso.
Claro engano, por incrivel que pareça, no primeiro dia, eu fui forte e me convenci que era o melhor pra ele, me afastei de todas as lembranças que o trouxesse de volta, mas no fundo, alimentei um sentimento egoista. Mesmo estando errada, imaginei que ele fosse me procurar, que diria aquelas coisas simples e bonitas que só ele sabia dizer, e eu voltaria como quem nunca tivesse ido.
Mas não foi assim, depois de uma semana, a tortura começou... Sem querer eu via as fotos dele, todos os meus prints tinham vestigios dele, as músicas mais tristes, as fotos, os lugares que imaginava nós dois... Eu não me permitia mais sentir, e mesmo assim, sentia... Eu não podia voltar atras e consertar meus erros, mas eu queria tentar de novo.
Porque ninguém era igual a ele, porque ninguém era igual a nós dois, porque eu tinha planos, planos que eu cheguei a idealizar com outra pessoa. E por mais insano que pareça, eu o via em todas as minhas idealizações. Não havia um dia que eu não me perguntava como teria sido se eu tivesse ficado, como teria sido se eu não tivesse tido medo.
E sempre que eu nos imaginava la na frente, me fazia perguntas idiotas... Tipo, como seria nossos filhos, se ele seria romantico em nossa lua de mel, se brigaria comigo quando eu não quisesse cozinhar, ou se me convidaria pra sair quando eu tivesse tido um dia dificil.
Eu acho que eu nunca soube o que era o amor, até descobrir que o amava. Estava sempre um passo a frente, decidindo um futuro incerto e fazendo planos como quem faz uma lista de compras. Eu sempre vivi os sonhos, e por incrivel que pareça esqueci de viver a realidade. E acho que o mais dificil pra mim, foi me acostumar que ele não estaria mais lá. E essa sensação de perda definitiva, ocorria nos momentos mais inesperados... Por exemplo, andar pelo lugar que eu passava quando conversava com ele no telefone, e pensar: "ele nunca mais vai ligar", arrumar cozinha de manhã e saber que não tinha ninguém importante no msn pra me fazer digitar com os dedos sujos de sabão, olhar as flores e saber que um dia fui comparada com a mais linda de todas... os lirios. Olhar a paisagem pelo ônibus, a mesma paisagem que eu olhava, quando trocavamos msg pelo celular, não ter ninguém pra se preocupar quando eu não comia, ou pra perguntar porque eu tinha saido do msn, me fazia sentir sozinha, mesmo estando acompanhada.
Citar todos esses motivos, faz parecer que ele era apenas um consolo, ou um apoio, mas não... ele não aceitava todas as minhas imposições, nem sempre agia como eu queria, vivia desafiando minha razão e minhas verdades, e isso o fazia diferente de todos os outros. Por isso eu acreditei quando ele prometeu que não me deixaria. Mas se eu ao menos soubesse que seria a ultima vez... teria ligado pra ele, e o obrigado a me dizer "eu te amo", teria dito todas as coisas que eu não tive coragem, teria deixado claro que era apaixonada até pelos defeitos que ele tinha. A pouco me disseram que ele se tornou outra pessoa, que nem parece mais o mesmo. Mas se fosse necessário, eu tentaria fazer essa nova pessoa se apaixonar por mim também, porque certa vez ele me disse que eu não o conhecia de verdade. E talvez não conhecesse mesmo. Mas e dai? Ele poderia ser qualquer outro, que eu ainda seria a mesma, e sendo a mesma, me apaixonaria pelo que ele tivesse se tornado.
E a única imposição seria: "eu só aceito a condição de ter você só pra mim"... Agora eu entendo =/

Eiii... eu ainda te amo seu bobo :)